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DESAFIOS NUTRICIONAIS NA CULTURA DO ALGODÃO



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O algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) é uma das culturas de  maior  interesse  econômico  no  Mercado  Internacional de commodities. De  acordo  com  a  Associação  Brasileira  de  Produtores  de  Algodão (ABAPA),  o  cultivo  comercial  do algodoeiro  se  estende  para mais  de  60  países,  no entanto  apenas  cinco  destes  se  destacam  na produção  de  fibra:  Estados  Unidos,  China,  Índia, Paquistão  e  Brasil. Além  disso,  a  extração  resulta  na  colheita  da maior  fibra  têxtil  do mundo, razão  pela qual  a faz ser  considerada uma das plantas de maior aproveitamento, e considerada uma das dez maiores culturas de produção agrícola do agronegócio  brasileiro. No  Brasil,  de  acordo  com  CONAB  (2021)  as  áreas  de  maior expressão  cultivadas  com  algodão  estão  situadas  nos  Estados  da  Bahia,  Mato  Grosso  e Goiás. Foi reportado, ainda que, a cadeia do algodão constitui-se em uma das principais atividades deste país, representando em torno de 16% da economia nacional. Atualmente, a produção do Brasil está em torno de 6.275,6 toneladas de caroço de algodão. Durante a safra 2022/23, cerca de 1.638,0 ha foram destinadas ao cultivo do   algodoeiro,   apresentando   produtividade   média   de   1.815   kg   ha-1 .

 

MANEJO DA NUTRICIONAL PARA ALTAS PRODUTIVIDADES DO ALGODOEIRO.

O algodoeiro é uma cultura exigente em adubação, necessitando cerca de 69, 26, 73, 36, 27 e 6 kg ha-1 de N, P2O5, K2O, CaO, MgO e S, respectivamente, para produzir uma tonelada de algodão em pluma. Segundo Rosolem et al. (2012), as variedades modernas de algodão mostram-se mais exigentes e sensíveis à deficiência de nutrientes. Novas cultivares têm apresentado maior potencial produtivo, caracterizando-se pelo aumento da porcentagem de fibra em detrimento da matéria seca do caroço.

Nota-se então que para um manejo rentável e produtivo, deve-se conhecer além da disponibilidade geral de nutrientes no solo, o aporte de nutrientes que a cultivar implantada exporta do sistema (Tabela 1).



Tabela 1. Quantidade de  nutrientes  absorvidos  e  exportados  pelo  algodoeiro em razão da produtividade.


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Fonte: adaptada de Rosolem et al. (2012) e de Carvalho et al. (2011).

 

De acordo com Borin; Carvalho e Ferreira (2015), o crescimento inicial do algodoeiro é lento. A marcha de absorção dos macro e micronutrientes pela planta segue o padrão de crescimento, aumentando consideravelmente a partir dos 30 dias após a emergência (DAE), juntamente com a emissão dos primeiros botões florais e alcançando uma absorção máxima diária entre 60 e 90 DAE, entre o florescimento e a formação de maçãs. Na fase inicial do algodoeiro, que abrange o período desde a emergência ao surgimento do primeiro botão floral se trata de um período crítico para a formação radicular, nesta fase o desenvolvimento é mais intenso podendo se tornar deficitário devido a barreiras como o impedimento físico do solo, o déficit hídrico e o uso de herbicidas pós-emergentes. 

 

ALTERNATIVAS PARA MELHORAR A PRODUTIVIDADE

Estratégias de manejo, como a utilização de produtos biológicos que estimulam a produção de fitohormônios ligados ao desenvolvimento radicular, produtos a base de carbono orgânico como o Carbon Pro by NutriFarm que potencializa a microbiota e estimula o enraizamento pode ser uma forma de manejo para esta fase. Nesta fase também coincide a maior demanda nutricional de nitrogênio, contudo a adubação nitrogenada excessiva estimula o desenvolvimento exagerado de brotos, além de aumentar o ciclo vegetativo, por consequência, atrasando o florescimento e a produção. Nas fases de florescimento e abertura de capulho, ocorrem a maior extração diária de nutrientes, Segundo Rosolem (2001), mais de 50% dos nutrientes são absorvidos após o início do florescimento e, após os 90-95 DAE, a velocidade de absorção de K cai severamente. Nesta fase, a planta está na fase de enchimento dos frutos e maturação de fibras, exigindo consideráveis quantidades de K, o qual é redistribuído para os frutos.

 

Nestas fases finais onde a demanda de carboidratos oriundos do metabolismo do K principalmente, pode-se utilizar de estratégias de enchimento e se obter um maior rendimento de capulhos. Uma dessas estratégias trata-se do uso do Reserva by NutriFarm, a base de Boro MEA e formiato de potássio, tem absorção de 5 a 7x mais rápida que um sulfato de potássio, atuando de forma intensa na produção, translocação e acúmulo de carboidratos, podendo ser estrategicamente aplicado na fase de florescimento entre F5 – F8, buscando maior peso de capulhos e melhor pegamento com menor abortamento floral.

 

Referências

BORIN, Ana Luiza Dias Coelho; CARVALHO, Maria da Conceição Santana; FERREIRA, Gilvan Barbosa. Nutrição, calagem e adubação do algodoeiro. In: ELEUSIO CURVELO FREIRE (Brasília). Associação Brasileira dos Produtores de Algodão Abrapa (Ed.). Algodão no Cerrado do Brasil. 3. ed. Brasília: Positiva, 2015. Cap. 13. p. 485-531.

 

CARVALHO, M.C.S.; FERREIRA, G.B.; STAUT, L.A. Nutrição, calagem e adubação do algodoeiro. IN: FREIRE, E.C. (Ed). Algodão no Cerrado do Brasil. Aparecida de Goiânia, GO: Mundial Gráfica, 2011.p.677-752.

 

CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, décimo segundo levantamento safra 2016/2017.

 

ROSOLEM, C.A. Problemas em nutrição mineral, calagem e adubação do algodoeiro. Informações Agronômicas, n.95, 2001a. 17p. (Encarte Técnico). ROSOLEM, C.A.; ECHER, F.R.; LISBOA, I.P.; BARBOSA, T.S. Acúmulo de nitrogênio, fósforo e potássio pelo algodoeiro sob irrigação cultivado em sistemas convencional e adensado. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.36, p.457-466, 2012.

 
 
 

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